“Todo ano algum engraçadinho da Área de Exatas inventa uma mentira dessas, só pra queimar e estigmatizar os estudantes da Área de Humanas. Nunca um estudante efetivo do centro se jogou. Nós somos mais felizes e desfrutamos mais a vida. Eles ficam lá sem pegar mulher, com a cara amarelada. Ali não tem espaço pra felicidade. E digo mais! A explicação para esses fatos não é o excesso de estudos metafísicos ou de nenhuma dessas baboseiras sensacionalistas que dizem por ai. ‘Ah, por que o cara é maconheiro, dá uns pega e pensa que pode voar’. Esse tipo de comentário é cretino. Em todo o Bairro da Várzea, esse é o único estabelecimento público com mais de 5 andares. Logo, a explicação é prática e não existencial. Ainda tem a SUDENE, mas morrer é ali é anônimo demais, por isso as pessoas escolhem o CFCH. E vou mais além! As grades que colocaram no CFCH são a solução material para um problema existencial. Quer dizer que um cara que chegar lá no 15º pra se matar vai olhar as grades e desistir? Fala sério, todo mundo se sente oprimido hoje em dia dentro do prédio. Antes as vistas eram acolhedoras, hoje parece um presídio…” acusa longamente Ayrton Heracles, 6º período do curso de Filosofia. Continue lendo...
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Fonte: Diário de Pernambuco
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